A ORIGEM DA ECONOMIA CIRCULAR
O conceito de economia circular surgiu da necessidade de equilibrar produção, consumo e meio ambiente. É um conceito baseado na inteligência da natureza onde os resíduos são transformados em insumos para a fabricação de novos produtos. Cascas e restos de frutas e verduras viram adubo para as plantas. Eletrodomésticos usados, podem ser reprocessados na cadeia de produção, assim como os componentes eletrônicos reutilizados. Na indústria do plástico e nos materiais plásticos pós consumo tem uma papel fundamental, considerando que o plástico é um material 100% reciclável.
A economia circular tem o papel de repensar as práticas econômicas e ir além dos três Rs – reduzir, reutilizar e reciclar. Ela equilibra o modelo sustentável com o ritmo tecnológico e comercial do mundo moderno. Apesar do longo caminho a ser percorrido, algumas indústrias da cadeia de transformação do plástico já estão com esse conceito bem internalizado. O case da Termotécnica é um exemplo de como a economia circular funciona na prática.
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
No Brasil, em 2010, foi criado a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A Lei n°12.305/10 organiza como se deve lidar com esse tema, exigindo transparência no gerenciamento de resíduos por parte dos poderes público e privado. Regulamentada pelo decreto 7.404/10, a lei passou a ser um marco para alavancar o processo de economia circular no território Nacional.
A lei vale para resíduos domésticos, industriais, eletroeletrônicos ou de qualquer outra origem, além de abranger os rejeitos, aqueles itens que não podem ser reaproveitados, mas que precisam de um destino adequado através da economia circular.
PROGRAMAS DA ABIPLAST AIXILIAM EMPRESAS
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), uma das principais entidades representativas desse segmento da indústria, colocou a economia circular na cadeia produtiva do plástico no topo de suas prioridades para os próximos anos e vem trabalhando junto aos associados com uma série de ações voltadas a essa nova realidade.
Em seu programa para a economia circular, a ABIPLAST conta com a Rede de Cooperação para o Plástico, criada em 2018, e que reúne representantes de toda a cadeia do plástico, de petroquímicas, a transformadores de material plástico, empresas de varejo, cooperativas, gestores de resíduos, recicladores de materiais plásticos e indústrias de bens de consumo.
Acordo Setorial de Embalagens ABIPLAST
A ABIPLAST e outras entidades do setor elaboraram e assinaram o Acordo Setorial de Embalagens em Geral para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/10), em novembro de 2015, junto ao Ministério do Meio Ambiente. O objetivo é aumentar a reciclagem de embalagens plásticas pós-consumo em duas fases, de 2012 a 2017, e de 2018 a 2022.
O Manual Perda Zero de Pellets fruto do Fórum Setorial dos Plásticos – Por um Mar Limpo, iniciativa da Plastivida e do Instituto Oceanográfico da USP, do qual a ABIPLAST é signatária, foi criado com o objetivo de auxiliar transformadores e recicladores, transportadoras e operadores logísticos a reduzirem a perda de pellets plásticos no ambiente. Baseado no Programa Internacional Operational Clean Sweep®, a proposta é atender o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n° 14 (ODS-14) de prevenir e reduzir a poluição marinha de qualquer origem, até 2025.
Em parceria com a Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos – CNRPLAS, Câmara Setorial da ABIPLAST, a entidade desenvolveu a Cartilha Reciclabilidade de Materiais Plásticos Pós-Consumo, lançada em 2016. A ideia é orientar designers de produtos para a concepção de embalagens com maior potencial de reciclabilidade, valorizando as iniciativas proposta pelo conceito de design ecológico e a compatibilidade de materiais plásticos.
O destino certo para cada recurso
Para contribuir com o descarte correto de resíduos domésticos pós-consumo contribuindo com a economia circular, a ABIPLAST e a Braskem criaram o aplicativo e site para localizar com facilidade os Pontos de Entrega Voluntária (PEV), mais próximos para entrega de materiais plástico recicláveis. Os produtos integram o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico – PICPlast, que conta ainda com o Movimento Plástico Transforma que integra ações de educação, conscientização e entretenimento, mostrando de forma didática e objetiva a importância do plástico em nosso dia a dia.
Para capacitar as cooperativas de catadores espalhadas em todo o Brasil, a ABIPLAST dispõe de um curso de 16 horas dividido em aulas teóricas e práticas, com apresentação das principais propriedades dos materiais plásticos, os processos para a fabricação dos diferentes tipos de produtos, as aplicações e a identificação correta dos plásticos. A ideia é garantir a triagem de resíduos plásticos com maior qualidade, gerando maior valor adicionado para o cooperado e para o reciclador, elevando o índice de reciclagem dos plásticos.
A ABIPLAST divulgou em 2015, em parceria com a Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos – CNRPLAS, Câmara Setorial da ABIPLAST, seu posicionamento contra a utilização dos aditivos pró-degradantes e, em 2017, assinou o relatório divulgado globalmente pelo Programa New Plastics Economy da Ellen McArthur Foudation pelo banimento deste aditivo. Após estudos e análises, a iniciativa focou a orientação para buscar o aumento do índice de reciclagem de produtos plásticos, reduzindo a utilização de aditivos que impedem o fechamento do ciclo da economia circular dos plásticos.
A ABIPLAST em parceria com a Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos – CNRPLAS, Câmara Setorial da ABIPLAST, criou a certificação de Resinas Recicladas e de Empresas: SENAPLAS Produto e Empresa. A certificação destina-se a empresas recicladoras que estejam dentro dos critérios sociais, ambientais e econômicos exigidos por e certifica a resina plástica reciclada, atestando algumas propriedades que garantem a qualidade e confiabilidade do produto.
ILHA DA RECICLAGEM DENTRO DA INTERPLAST
Dentro da Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico, um dos principais eventos do Brasil que reúne a cadeia completa da indústria do plástico no mesmo ambiente, a economia circular ganha destaque na Ilha da Reciclagem. O espaço demonstra o passo a passo da reciclagem do plástico, da coleta a consolidação de um novo produto. A iniciativa busca estimular o desenvolvimento de novos projetos, investimentos e o engajamento da população e da indústria com o tema reciclagem do plástico.
O ambiente demonstra máquinas, equipamentos e rotinas, e abordagem sobre a importância de reciclar 100% do plástico – em especial o PS e o EPS (isopor®), além de conscientizar o público sobre a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos. A Ilha da Reciclagem, viabilizada em parceria com a Termotécnica, evidencia a reciclabilidade por meio de um processo inovador.
“A Interplast, com a participação de fabricantes e entidades do setor, vem dando exemplo com a realização da Ilha da Reciclagem buscando estimular o desenvolvimento de novos projetos, investimentos e o engajamento com o tema reciclagem que beneficia tanto os consumidores quanto o meio ambiente”, afirma o presidente da Termotécnica, Albano Schmidt, empresário do setor plástico e que vem sendo há mais de duas décadas, um promotor da causa da logística reversa, da reciclagem e da economia circular.
PROGRAMA RECICLAR ISOPOR* EPS: A ECONOMIA CIRCULAR NA PRÁTICA
Na última década, o movimento na indústria do plástico foi direcionado à inovação e à sustentabilidade. No Brasil, com a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos – e, no mundo, vem aumentando a pressão para que as empresas em toda a cadeia de produção e consumo realizem a logística reversa e a economia circular.
Ainda que a pressão sobre as empresas do setor para a questão da sustentabilidade seja cada vez maior, é quase impossível encontrar áreas onde o plástico não esteja inserido. A grande versatilidade de processamento e aplicações dos materiais plásticos permitiu sua entrada em diversos mercados, dos mais primários e cotidianos até aqueles de alta tecnologia. Inclusive neste momento, em que vivemos a pandemia por Covid-19, o plástico vem sendo um grande aliado no combate ao vírus, nos produtos descartáveis para proteção, limpeza e nas embalagens para vacinas, medicamentos, água potável e alimentação, além de componentes para equipamentos complexos como os respiradores.
As soluções para acondicionamento e conservação em EPS reforçam o compromisso da Termotécnica em desenvolver embalagens inovadoras, ativas e sustentáveis. O EPS (poliestireno expandido) é um excelente exemplo de que o plástico pode conviver em harmonia com o desenvolvimento sustentável. O EPS é formado por 98% de ar, não utiliza CFC e HCFC e, por isso, não gera danos à camada de ozônio. O seu processo requer baixíssima utilização de recursos naturais como água e energia, não contamina e não gera riscos à saúde e ao meio ambiente. E o mais importante, o EPS é 100% reciclável.
A Termotécnica está alinhada ao conceito de economia circular e busca em suas ações alongar o ciclo de vida dos materiais, evitando a exploração de novos recursos finitos e contribuindo para a preservação do meio ambiente. Em 2007, antecipando-se à PNRS em alguns anos, a companhia idealizou e implantou o Programa Reciclar EPS com logística reversa e reciclagem do material em todo o Brasil. O que possibilita o retorno ao mercado deste material que é inerte, 100% reciclável com baixo consumo de água e energia, sem gerar gases causadores do efeito estufa ou resíduos tóxicos.
O Programa Reciclar EPS é de fato a economia circular na prática: após seu uso e reciclagem, o EPS é transformado em matéria-prima para outras aplicações. É utilizado para a fabricação de itens como régua escolar, solas de sapato, rodapés, molduras, entre outros. Saiba mais no vídeo:
Termotécnica = Vídeo Transformando EPS
Neste período, a empresa já recuperou mais de 40 mil toneladas de EPS pós-consumo, o que representa 1/3 deste material disponível no mercado para reciclagem, segundo dados da Plastivida e Abiquim (Maxiquim, 2012). Isto foi possível pelo pioneirismo, liderança e inovação da Termotécnica que desenvolveu uma cadeia de logística reversa de embalagens que envolve varejistas, indústrias clientes, fabricantes de matéria-prima, transformadores, importadores, cooperativas de catadores e gerenciadores de resíduos sólidos para recolher e reciclar o EPS pós-consumo.
O lado social do programa Reciclar EPS
O Programa Reciclar EPS gera cerca de 100 empregos diretos, conta com mais de 1,2 mil Pontos de Coleta e 300 cooperativas de reciclagem parceiras no país, o que impacta diretamente mais de cinco mil famílias. Para divulgar a reciclabilidade do EPS e engajar parceiros nesta iniciativa, a Termotécnica realiza ações de conscientização, como palestras e exposições em eventos, mantém o site www.reciclareps.com.br informando pontos de coleta e desenvolve parcerias com cidades interessadas em reduzir o lixo em aterros.
A integração a PNRS tem acontecido por meio do associativismo e por compromissos voluntários. Com a participação da ABIPLAST, que é integrante da Coalizão Empresarial juntamente com outras associações empresariais foi elaborado e assinado em novembro de 2015 o Acordo Setorial de Embalagens em Geral para ampliar a reciclagem de modo geral. A Termotécnica está sob o guarda-chuva da ABIPLAST quanto ao cumprimento das ações relacionadas na PNRS onde, de forma compartilhada, pratica a responsabilidade no retorno das embalagens, reciclagem e reintrodução na cadeia produtiva do material reciclado e participa ativamente da Câmara Nacional de Recicladores da ABIPLAST.
O Programa Reciclar EPS é hoje reconhecido mundialmente como um sucesso e exemplo a ser seguido por outros fabricantes que utilizam matéria-prima reciclável. Em 2018, às vésperas de iniciar o fornecimento de embalagens conservadoras para a exportação de frutas –, um dos produtos de maior valor agregado do agronegócio brasileiro –, a Termotécnica também reforçou suas parcerias com as empresas do Global Packaging Alliance, formada por dezenas de fornecedores que garantem a reciclagem de embalagens de EPS em países como Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda, França, Reino Unido e Estados Unidos. A companhia integra ainda o movimento mundial do segmento plástico para evitar a perda dos pellets na cadeia produtiva do plástico e seu acúmulo indevido nos oceanos, por meio do Fórum Setorial dos Plásticos – Por um Mar Limpo.
Mas onde reciclar EPS?
O consumo do EPS em alguns países é prejudicado pela falta de informação sobre seu descarte pós-uso. Atenta a essa realidade, a Termotécnica disponibiliza o site: www.reciclareps.com.br, que localiza em todo o território nacional o ponto mais próximo de recebimento de EPS para reciclagem.
Termotécnica – Pioneira e protagonista do mercado
Desde a sua fundação a Termotécnica tem sido pioneira e protagonista no mercado de EPS no país, tendo a inovação e a sustentabilidade no seu DNA. Aos 59 anos, é uma das maiores indústrias transformadoras de EPS da América Latina e uma das empresas mais sustentáveis do Brasil, de acordo com o Guia Exame 2019. O desenvolvimento sustentável está entre as prioridades da companhia, e suas ações são conectadas aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Com matriz em Joinville (SC) e unidade de reciclagem no Distrito de Pirabeiraba, a Termotécnica possui também unidades produtivas e de reciclagem em Manaus (AM), Petrolina (PE), Rio Claro (SP) e São José dos Pinhais (PR).